30 junho, 2011
IMPOSTOS - Mais e já?
Não augura nada de bom este aumento de impostos que vai ser conhecido no dia de hoje.
Será mesmo necessário?
E já?
Como a Troika esteve cá em Maio e viu, reviu e certificou todas as contas e, ao contrário dos programas Grego e Irlândes, não exigiu novas medidas para 2011, não se percebe em que medida é que a execução orçamental do primeiro trimestre pode ser usada como justificação para a austeridade adicional que o governo diz ser necessária para cumprir as metas acordadas com a Troika. Primeiro, os dados do INE não revelam nada de novo: todos os dados que justificam as diferenças entre contabilidade nacional (INE) e contabilidade pública já eram públicos, não foram descobertos pelo INE. Face ao que já se sabia em Maio, não há, portanto, qualquer informação adicional que tivesse escapado ao conhecimento e avaliação da Troika. Segundo, o valor de 7.7% no 1º trimestre, por si só, não nos diz nada sobre a qualidade da execução orçamental em 2011. Será 7.7% um número elevado? Mas elevado em comparação com quê? Com o objectivo definido para o défice no primeiro trimestre? Mas qual é este objectivo? Era inferior? Alguém sabe? Tendo em conta que o défice está a baixar e que a consolidação orçamental é algo que se faz ao longo do ano e não apenas nos três primeiros meses, este valor limita-se a confirmar algo que já era conhecido: a execução orçamental de 2011 é difícil e comporta riscos elevados. Nada de novo, portanto.
Quem é que o governo pretende convencer com este anúncio de mais austeridade? Não serão certamente os nossos credores, que, há muito, perceberam que a austeridade, por si só, nada resolve, antes agrava o problema. Os nossos parceiros, aqueles que cá estiveram em Maio, por muito que continuem a acreditar nas virtudes da austeridade, idem: nesta altura do campeonato, reconhecer a necessidade de medidas adicionais, não faz sentido e seria uma forma de desautorizar o seu próprio trabalho. Os empresários e os consumidores portugueses, por razões que me parecem evidentes, muito menos. Resta uma opção: é o próprio governo que não acredita poder cumprir este plano e sentiu necessidade de ir mais além do que o acordado com a Troika. Terá certamente a suas razões, supõe-se que boas. Mas, a partir dos dados conhecidos, a execução orçamental do 1º trimestre não passa de uma jogada politiqueira: aumenta a probabilidade de conseguir de atingir um défice de 5.9% e culpa o governo anterior por ter forçado o governo a aumentar impostos”
29 junho, 2011
O BE E O PCP TEM O QUE QUERIAM
Bem podem convocar manifestações, concentrações e outras operações, que irá tudo dar ao mesmo – um Governo de direita
28 junho, 2011
PREOCUPAÇÔES
Tudo isto é preocupante e demonstra como de facto são os portugueses.
“Notícia número 1: Uma auditoria da Inspecção-Geral das Finanças às despesas da Justiça detectou 165 mil euros de pagamentos em excesso de subsídio de compensação a magistrados jubilados já falecidos. Faltou a comunicação do óbito pelo Instituto de Registo e Notariado.
Notícia número 2: O presidente da Câmara Municipal de Grândola, Carlos Beato, do PS, nomeou o seu filho para o cargo de adjunto do seu gabinete de apoio pessoal, decisão que qualifica como "consciente e responsável".
Notícia número 3: Hospitais e centros de saúde da região de Lisboa enviam sistematicamente doentes para o Hospital da Cruz Vermelha antes de verificarem se outras unidades do sector público são capazes de dar as consultas e cirurgias em causa. O Tribunal de Contas acusa o Ministério da Saúde, que deu ordens para que assim se fizesse, de favorecer os privados e de prejudicar o Estado, que deixa de cobrar taxas moderadoras.
Notícia número 4: O Ministério Público prepara uma acusação por suspeita de crimes e burlas fiscais na sequência da fusão da Compal com a Sumolis. Em causa está um imposto de 1,5 milhões de euros e uma dívida atribuída à Compal de 250 milhões, resultante do empréstimo que serviu para a compra desta pela Sumolis. Ao meter essa dívida nas contas da Compal, a empresa passou de lucros a prejuízos e deixou de pagar IRC. São arguidos administradores da empresa e da Caixa Geral de Depósitos.”
Operação Furacão
Os nomes dados à estampa da Operação Furacão tem sido muito poucos.
Os milhares de milhõese os personagens e organizações envolvidos tem criado uam perfeita camuflagem em seu redor.
Não há jornalista rádio ou TV que se atreva a fazer pesquiza ou a publicar nomes e os valores envolvidos na fuga ao fisco e nas falcatruas envolvidas.
Para darem um ar da sua graça, passados todos estes anos, aparecem uns nomes, ( Jorge Jesus e Victória de Setubal) camarões. Esqueceram-se de dar notícias das lagostas e dos lavagantes envolvidos nas redes da Operação Furacão.
Haverá por aí alguma mente honesta, disposta a acredetir em tudo isto?
Como alguem dizia por aí- Parva é que eu não sou.
EDUCAÇÃO
GOVERNO- poupar na farinha...
TRAPALHADAS JA COMEÇARAM
SALVADOR CAETANO FALECEU
MARCELO ERROU
27 junho, 2011
Medina Carreira
É um crítico do funcionamento interno dos partidos políticos. Votou nestas eleições?
Nestas eleições votei.
À esquerda ou à direita?
Sabe que eu não distingo esquerda de direita. Isso é uma divisão artificial, porque toda a gente quer o Estado social, toda a gente que está na Assembleia da República quer é dar benefícios e salários, mas não há distinção. Deixou de haver revolucionários, agora é tudo gente que está bem com o sistema capitalista. Aliás, a social-democracia esgotou-se porque é uma organização político-social que se baseia na criação de riqueza e o objectivo é redistribuir essa riqueza, mas Portugal só tem dívidas para distribuir.
Mas era na social-democracia que acreditava quando estava na política.
Exactamente. O chamado socialismo democrático, mas é preciso perceber que essa solução foi uma solução da Europa próspera, com equilíbrio demográfico e que criava riqueza. E era uma solução com êxito porque no início o Estado social era pequeno. O que nós temos agora é uma economia estagnada, um desequilíbrio demográfico bastante acentuado e temos um Estado social que alimenta mais de 5 milhões de pessoas entre funcionários, desempregados, doentes e pensionistas. Isso não é sustentável.
Embora as pessoas paguem cada vez mais impostos...
Nós pagamos muito, mas o Estado gasta mais do que isso.
Como é que se explica às pessoas que vão ter de descontar cada vez mais para terem cada vez menos direitos?
É dizendo a verdade. Os que andaram a mentir é que têm dificuldade em explicar. Os piores são aqueles que ainda insistem - como os candidatos à liderança do PS - em manter este Estado social. Eu tenho medo disto, porque significa manter o nível de gastos.
Mas o PS no governo cortou no chamado Estado social.
É evidente, porque não havia dinheiro. Isso prova que é uma fantasia dizer que se é pelo Estado social.
Encontra neste novo governo capacidade para ultrapassar esta crise?
O principal traço que eu encontro como característica positiva deste governo é estar lá gente que não vive da política. É gente que não vai para lá fazer habilidades para sobreviver. São pessoas que já têm um estatuto social. Agora se isso significa alguma alteração não sei.
O novo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, é independente e está afastado dos partidos políticos. Isso, no seu entender, é um bom sinal.
Não o conheço pessoalmente, mas há muito tempo que oiço falar dele como técnico respeitado. É um homem bem preparado, mas o futuro é que vai mostrar se tem aptidão para a política.
Não é um risco ter alguém com pouca experiência política numa altura em que é preciso aplicar medidas que desagradam à maioria da população?
Riscos há sempre. Aqui o que me parece mais relevante é que nós tivemos até agora gente que não fazia contas e parece-me que estamos a falar de pessoas que sabem fazer contas.
No Ministério das Finanças não faziam contas?
Os ministros das Finanças não fizeram contas, ou se fizeram, e não tomaram medidas, são idiotas.
Pedro Passos Coelho também não tem muita experiência política. Tem mais capacidade para liderar um governo do que José Sócrates, nesta altura?
Não é uma questão de capacidade. O que aconteceu foi que o Sócrates cedeu à ânsia de mostrar coisas com grande efeito. O TGV, as auto-estradas... Era um homem da aparência e um homem que nunca teve nenhuma profissão cá fora, ou se teve foi muito fugaz. Não foi uma pessoa educada pela vida. Para fazer política é importante ter tido uma profissão. Seja sapateiro, seja advogado ou médico...
Calculo que não goste das juventudes partidárias e dos jovens que começam cedo a fazer política, mas são esses jovens que hoje começam a chegar à liderança dos partidos.
O defeito das jotas não são as jotas em si. É o parasitismo em que muitos deles vivem. Passam a entregar-se só à política e, quando chega a hora de terem responsabilidades, não estão preparados.
É realista olhar para o programa da troika e pensar que nos próximos três anos vamos conseguir implementar um conjunto tão alargado de medidas?
As medidas deviam ser mais estendidas no tempo. Devíamos ter cinco ou seis anos para implementar o acordo. Mas este programa excedeu as expectativas com a tentativa de mexer em coisas que há muitos anos não mexíamos, como os tribunais. Isso é muito importante, porque não há solução para a questão financeira sem resolver a economia, e o relançamento da economia tem de ir no sentido de criar condições para atrair investimento. Quem tem dinheiro não vem para um país onde as soluções judiciárias demoram décadas ou para um país no qual há tanta burocracia.
Com a pressão exterior vamos conseguir, por exemplo, melhorar a justiça?
Eu há muito tempo que defendo a vinda do FMI, porque os partidos não querem tomar medidas impopulares. Era óbvio já há um ano e meio que era necessário recorrer ao FMI.
Foi mau para o país termos resistido a uma intervenção externa?
Estoirou isto. Nós andamos a endividar--nos muito mais e a criar condições mais negativas. Era óbvio que não íamos conseguir resolver os problemas sozinhos.
Acredita que vamos conseguir cumprir o acordo?
É muito difícil fazer tudo aquilo, mas o governo tem de fazer os possíveis. Podemos ter de vir a renegociar os financiamentos externos, e convém que o país não vá renegociar mal visto. Afinaríamos o nosso défice com medidas menos duras e seria útil ter mais tempo para discutir as medidas.
Este género de medidas poderá levar a protestos sociais idênticos aos da Grécia ou acha que o povo português reage com menos agressividade?
Nós somos mais calmos, menos agressivos. Do ponto de vista da sociedade temos melhores condições e a nossa situação não é tão grave como a dos gregos.
Mas vai haver cortes significativos.
2012 vai ser decisivo. Aquilo que vier a acontecer dentro de seis ou oito meses vai dar-nos um retrato do que pode acontecer. A outra condicionante é a evolução da Grécia. Uma das coisas de que eu tenho receio é que o centro da Europa se farte dos gregos e dos portugueses. Para os europeus do centro nós somos uns sujeitos que andamos a viver à custa alheia. E convém que não se exagere esse sentimento.
O que está a dizer é que podemos ser expulsos?
Os alemães estão preocupados, os escandinavos preocupadíssimos e pode haver um dia em que digam: essa gente que se vá embora. Isso já esteve mais longe de acontecer.
Não acredita na solidariedade europeia?
A solidariedade tem de ter uma lógica na sua base. Se nós tivéssemos tido um tremor de terra como o de 1755, a Europa tinha o dever de nos ajudar, mas não tem esse dever quando andámos 20 anos a gastar aquilo que não tínhamos. Não temos legitimidade para invocar a solidariedade europeia. Nós sabíamos há dez ou 15 anos que o país estava a ser mal governado.
E corremos o risco de ficar isolados?
É uma questão de enfartamento da Europa. Se dermos nota de algum descuido, de alguma zaragata, de alguma transigência, eles podem fartar-se de nós e eu tenho medo disso. Isto não é muito racional, mas é o estado de espírito dos europeus do centro.
Daqui a quantos anos é possível voltar a crescer economicamente?
Os crescimentos de 3% ou 4% são uma miragem. Feitas as contas, nos próximos anos não vamos crescer, em média anual, mais de 1%.
Com esse crescimento não conseguiremos travar o desemprego.
Se não conseguirmos recuperar investimento, onde é que se vai empregar toda esta gente que tem ido para o desemprego? O Estado tem gente a mais, ou seja, só podem ir para as empresas, mas as pequenas e médias empresas estão a desaparecer todos os dias e em 2012 deve ser uma hecatombe, porque as pequenas e médias empresas, sem bancos, vivem daquilo que nós pagamos ao balcão. Se nós não temos capacidade para consumir e os bancos não financiam, as empresas vão desaparecer.
Como vai ser possível explicar às novas gerações, que contestam nas ruas, que não vão ter a maior parte dos direitos que tiveram os seus pais?
As novas gerações, que andam pela Europa, na rua, a reivindicar direitos adquiridos e emprego para a vida e outras coisas boas que os pais tiveram, vão ter de perceber que não vão ter nada disso. Alguém vai ter de lhes explicar que não vão ter as mesmas regalias. Na minha opinião, daqui a 20 anos a Europa vai ter revoluções sociais, porque essas gerações vão ter de pagar a dívida dos pais e vão ter de os sustentar na velhice. É uma geração desgraçada.
Então essa geração, que é conhecida como a geração à rasca, tem alguma razão.
Têm razão, mas ninguém lhes explica que aquilo que eles querem não volta mais. O emprego para a vida não volta. O que me faz pena não é eles serem revoltados. Disso gosto, e é a expressão natural da juventude, mas os responsáveis políticos deviam explicar-lhes que temos de viver moderadamente. Aqui há tempos vieram aqui dois jovens e disseram--me que é preciso fazer manifestações, revoltas... E eu expliquei que a decadência da Europa não se resolve cá dentro. As revoluções só são úteis quando há riqueza para distribuir, mas tem de haver a riqueza. Se só há endividamento, o que é que se vai dar? Quando aparece o Carvalho da Silva e a esquerda a dizer que há muito dinheiro...
Não há?
Não sei onde... Eles que vão descobrir esse dinheiro, mas no dia a seguir a mexerem nesse dinheiro não fica cá nada. Vai--se tudo embora.
O que está a dizer é que a esquerda portuguesa é irresponsável?
Esses partidos deixaram de ser revolucionários e são todos social-democratas. Os partidos querem todos Estado social e boa vida, mas não há nada disso para redistribuir. O que há para redistribuir são dívidas. Essa gente anda nas nuvens. O Bloco de Esquerda anda nas nuvens. Se eles fossem para o poder, ao fim de seis meses o país estava virado do avesso. É óptimo tributar os ricos, mas se tributar 10 mil ricos e os deixar na miséria cada um de nós fica só com mais cinco ou dez euros.
Mas a banca e os empresários não têm também responsabilidade nesta crise, nomeadamente pela forma como facilitaram o endividamento das famílias?
A nossa responsabilidade foi também gastarmos mais que aquilo que tínhamos. Para a casa de campo e para o carro, mas o Estado poderia ter tentando conter isso. O que aconteceu foi que os governos ficaram todos satisfeitos, porque as pessoas estavam a viver bem. A população estava alegre e eles não fizeram nada. O problema é que estava alegre com o dinheiro alheio.
Diz que há funcionários públicos a mais. Vai ser preciso despedir nos próximos anos?
Não é desejável, mas a alternativa é todos pagarem alguma coisa. Aquilo a que eu chamo o partido do Estado tem mais de 5 milhões de pessoas e nós não temos economia para manter isso. Temos duas soluções: ou 500 mil vão fora ou todos vão pagar e sofrer cortes.
Qual a opção que preferia?
Eu humanamente preferia cortar em todos. Mais naqueles que estão melhor e menos nos que estão pior, mas isso teria de ser explicado às pessoas.
Passos Coelho fala muito em acabar com organismos públicos, mas sem despedir. Acha que pode ser útil uma reforma profunda a este nível?
Isso é uma ilusão, porque esses organismos existem, em muitos casos, só para empregarem algumas pessoas. Mas isso é uma escolha política. E pode haver estas duas hipóteses: ou manter tudo, e todos vão ter de pagar por isso, ou mandar gente para a rua. Este nível de gastos é insustentável.
Vai ser preciso cortar mais, por exemplo, nos funcionários públicos?
Sim. Cerca de 15% nos mais altos e zero cá em baixo. Isto é que seria solidariedade. Era todos ficarmos pior para que alguns não fiquem muito mal.
É inevitável cortar mais que aquilo que está previsto?
É inevitável, porque já não há impostos que mantenham isto.
Mas ainda há por onde cortar dentro da máquina do Estado?
Nestas coisas temos de fazer contas. Em pessoal, prestações sociais e juros são 80% das despesas do Estado. Se não mexermos nisto, só nos restam 20%. A margem onde se pode cortar é muito pequena se quisermos manter as prestações sociais e todos os funcionários públicos. Temos de ir mais às despesas que mexem com as pessoas (os pensionistas, os funcionários públicos, os desempregados, etc.). Já se começou a mexer aí, mas vai ter de se mexer mais. Eu se fosse ministro vinha à televisão explicar estas coisas todas...
Antes os políticos iam muito à televisão nas alturas mais difíceis. Isso ajudava?
Quando eu estava no governo ia à televisão. Não era convidado. Não ia fazer propaganda, ia explicar. Esse é que é o papel da televisão pública. É um instrumento ao dispor do poder político para explicar as coisas. A televisão pode ter um papel espantoso. A nossa sociedade podia mudar em dez anos com outra televisão e a minha opinião é que a televisão pública devia ser saneada, entre aspas. Limpar os concursos, o futebol e outras coisas inúteis.
Mas não privatizava, como quer fazer o novo governo.
Não sei. Isso é o instrumento. Eu refiro--me é ao fim. As nossas televisões podem ter um papel educativo muito importante. Esta televisão que temos, comparada com a televisão do Estado Novo, de que todos dizíamos mal, é pior. Nós tínhamos programas educativos, tínhamos teatro, tínhamos cinema. O Vitorino Nemésio...
As pessoas que podiam lá ir, mas sabe que é criticado por elogiar alguns aspectos do Estado Novo...
Mas é evidente que tinha coisas melhores. É uma estupidez pensar que era tudo mau. O que é que o Estado Novo tinha de péssimo? A política, a perseguição, que há alguma hoje sem Estado Novo. O grande problema do Salazar é que foi um produto do seu tempo, que era o tempo das ditaduras. Em toda a Europa havia ditaduras. Era a solução da época, por causa da revolução russa. Era um homem do seu tempo.
Mas foi um bom governante?
Era um bom gestor, e se nós hoje tivéssemos um bom gestor era bom. Precisamos de gestores de rigor, que não tenham os inconvenientes políticos do Salazar. Ele arrumou as contas públicas, arrumou a casa. Foi um bom gestor, que tinha ideias políticas inaceitáveis, mas um gestor necessário naquela altura.
A democracia, pelo que tem defendido, está a falhar. Há alternativa?
Nós temos de ter democracia, mas a democracia não pode ser o regime que leva o país à falência. Isso não é democracia e resulta sempre em pobreza. Sempre que tivemos democracia, o regime político levou o país à falência. Temos de ter uma democracia que saiba gerir o país e estas indicações são muito perigosas.
A democracia não tem sido compatível com contas equilibradas?
Não tem sido, porque há demasiada demagogia, há demasiado clientelismo e demasiado negocismo. A democracia tem de viver sem essas coisas.
No livro que escreveu - "O Fim da Ilusão" - diz que os problemas começaram em 1985. O professor Cavaco Silva não percebeu que era preciso preparar o país para uma nova fase?
O professor Cavaco Silva é um homem de um tempo enganador. Quando ele entrou para o primeiro governo o petróleo caiu, depois começaram a vir os fundos da União Europeia e houve as privatizações. Ele teve um período de vacas gordas e penso que se deixou iludir com as vacas daquele tempo, que em grande parte vinham do exterior. Acho que ele se entusiasmou. Depois veio o Eng.o Guterres, que se deslumbrou com a queda dos juros, e nós passámos a viver das dívidas. Não sei se se lembra de uma feijoada na ponte? A feijoada é um belo símbolo do que se vivia na altura. A malta toda porreira a comer uma feijoada e a beber vinho...
Teve pena de ter acabado o programa "Plano Inclinado", na Sic Notícias?
Tive pena. Era o único programa da televisão destinado a ajudar as pessoas a perceber. Era um programa pedagógico, em que as pessoas não tinham partido.
Qual foi a razão de ter acabado?
Não sei. Disseram-me que o Mário Crespo se zangou.
Tem muitos inimigos por causa das críticas que faz?
Não direi inimigos. Há muita gente que me olha de lado, mas é gente catalogável. É gente da classe média alta. Quanto mais sobem na hierarquia social, mais me detestam. Quanto mais se desce na hierarquia social, mais me aceitam. Ainda esta semana estive no Jardim da Estrela a passear e foram muitas as pessoas que me vieram falar, mas é a classe média baixa.
É popular?
Não é uma questão de popularidade. É aquele extracto da sociedade que tem alguma curiosidade e consegue distinguir as aldrabices das coisas certas e das verdades. Quem me detesta é quem não quer as verdades.
Já pensou candidatar-se a Presidente da República. Ainda pensa nisso?
Era para discutir estes assuntos de que estamos a falar. Não era para ganhar, mas isso ia dar grandes confusões na minha vida e o resultado não seria nenhum.
Medina Carreira
Marcelo
TVI
Notícia de abertura
Acidente na madrugada, com uma morte e entre os feridos, um artista de telenovelas que se encontra em estado muito grave.
As mortes, são sempre de lamentar.
Os acidentes igualmente de lamentar e procurar formas de os prevenir.
Acidentados em estado muito grave, são muitos e tambem de lamentar
Mas, uma abertura de telejornal com notícias destas e durante muitos minutos. É de lamentar.
“O actor e antigo vocalista do grupo D’Zrt, Angélico Vieira, continua internado na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Santo António, no Porto, com “prognóstico muito reservado”, após um acidente de viação ocorrido ontem de madrugada em Estarreja “ (Publico).
26 junho, 2011
25 junho, 2011
TVI – SALA DE IMPRENSA
Sexta-feira 24 de Junho, ouvir Ana Sá Lopes dizer que que o copianço, ainda hoje é aceite sem grande reprovação, quando se discutia o que aconteceu no CEJ é de bradar aos céus.
Muito pior foi quando comentava o sistema de eleições que na sua moção um dos pretendentes a Secretário Geral do PS propoe que a essa eleição seja aberta a quem o quizer fazer, disse que os PSD deveriam lá ir votar no pior candidato, para tramar o PS.
Esta senhora, foi uma das muitas ditas”jornalistas” que durante anos sempre e só disse mal de José Socrates e do PS.
Jornalistas, não é?
PAULO PORTAS e o processo PORTUCALE
Já lá vão 7 anos
Respondeu assim.
“Paulo Portas garantiu ao Ministério Público que o milhão de euros em dinheiro depositado em mais de cem tranches numa conta do CDS era relativo a fundos do partido.
As perguntas decorrem do processo Portucale, que se arrasta já há sete anos.
As respostas do líder do CDS-PP foram enviadas por escrito durante a campanha eleitoral. “
Potugueses - será que nos vamos ver gregos?
24 junho, 2011
BE - eles são e serão sempre assim
Santana Carrilho – Pedro Coelho e Crato
“Sobre o que já foi dito a propósito da parte conhecida do novo Governo pouco se poderá acrescentar. Impera a ortodoxia financeira do Banco Central Europeu, coadjuvada pela tecnocracia operacional do FMI. Três economistas (Victor Gaspar, Álvaro Santos Pereira e Nuno Crato) e um gestor (Paulo Macedo) fazem a quadratura do cerco. Se Paulo Macedo mandar rezar missa no fim, é porque o Bom Escuteiro acertou nas segundas escolhas.
A competência técnica abunda, ainda que deslocada de campo, nalguns casos. Mas um Governo que se limite a uma corporação de técnicos competentes não governa. É governado. Na segunda-feira passada, Assunção Cristas fez curiosas declarações na Assembleia da República.
Disse que, quando chegou ao parlamento, sabia menos de áreas onde produziu trabalho do que hoje sabe de agricultura, de que, reconheceu, sabe muito pouco. Não disse o que sabia ou seria capaz de aprender sobre o ambiente. Mas a sinceridade, o voluntarismo e o progresso contextual ficaram documentados. Só tenho pena da Agricultura.
Paulo Macedo fez um trabalho notável como director-geral dos impostos. Na altura, condicionou a aceitação do cargo à percepção de vencimento igual ao que auferia no BCP. Agora, apesar de ter subido, entretanto, na hierarquia do banco, aceitou o miserável vencimento de ministro. Causa perplexidade a mudança. E causa ainda mais ver tal pasta entregue a quem, do ramo, só tem no currículo ter sido administrador da Médis. Para a saúde dos portugueses, é muito pouco. Para a saúde dalguns, que vivem da doença dos outros, pode ser salutar.
Bem consciente do ónus de me declarar tão cedo contra a corrente, não comungo da euforia generalizada, que abriu braços à Educação. Explico o que posso explicar. Em Abril, Passos Coelho tinha um programa eleitoral para a Educação. Em Maio tornou público outro, que não só nada tinha a ver com o primeiro, como era a sua antítese. Escassos dias volvidos sobre a divulgação do último, Passos Coelho comprometeu-se publicamente a melhorá-lo. Mas faltou à palavra que empenhou e apresentou-se ao eleitorado com um programa escrito em eduquês corrente, com medidas até a 19 anos de prazo, pasme-se, e que, entre outros disparates, consagrava: a recuperação de duas carreiras no seio da classe docente; o enterro definitivo da eleição dos directores; a diminuição do peso dos professores nos conselhos gerais; o aumento da promiscuidade entre a política partidária e a gestão pedagógica do ensino; a protecção da tirania e do caciquismo; a adulteração do sentido mais nobre do estatuto da carreira docente; a consolidação dos mega-agrupamentos; a manutenção da actividade nefasta das direcções regionais; uma significativa omissão sobre concursos de professores e muitos outros aspectos incontornáveis da política educativa; a recuperação da ideia bolorenta de uma agência externa de avaliação educacional e a subserviência à corporação do ensino privado, por forma que a Constituição proíbe. Os professores, agora em êxtase, esqueceram-se disto? Eu sei que o programa de Governo ainda não é conhecido. Mas só pode resultar do que contém isto e do do CDS. E o do CDS não se opõe a isto.
Nuno Crato é um notável divulgador de ciência e um prestigiado professor de Matemática e Estatística. Em minha opinião, o merecido prestígio intelectual que a sociedade lhe outorga foi trazido a crédito incondicional como político da Educação. No mínimo, o juízo é precipitado. Permito-me sugerir que leiam a sua produção escrita sobre a matéria. Que ouçam, com atenção, e sublinho atenção, a comunicação apresentada em 2009 ao “Fórum Portugal de Verdade” e as intervenções no “Plano Inclinado”. Os diagnósticos não me afastam. Os remédios arrepiam-me. Nuno Crato é um econometrista confesso, que repetidas e documentadas vezes confunde avaliação com classificação. Nuno Crato pensa que se mede a Educação como se pesam as batatas e que muda o sistema de ensino medindo e examinando. E não mudará. Ou muda ele ou não muda nada. Fico surpreendido como os professores deixam passar com bonomia a hipótese, admitida, de contratar uma empresa privada para fazer os exames ou a intenção, declarada, de classificar os professores em função dos resultados. Estes dislates patenteiam pouco conhecimento sobre as limitações técnicas dos processos que advoga e uma visão pobremente parcial sobre o que é o ensino. Nuno Crato, que muitas vezes tem sido menos cauteloso ao apontar o indicador às ciências da Educação, tem agora o polegar da mesma mão virado para ele. Espero que não se entregue às ciências ocultas da Economia para redimir a Escola pública.
A sustentabilidade do estado social vai pôr em causa os serviços públicos de Saúde e de Educação. No início da sua actividade, como líder do PSD, Passos Coelho trouxe esta questão à discussão política. Como é habitual, evocou a demografia: o Estado social, como o conhecemos, não suportaria a gratuidade desses serviços, numa pirâmide etária com tendência para se inverter. A necessidade de evitar a bancarrota determinou, depois, uma espécie de estado de inevitabilidade e de necessidade nacional que impede, pela urgência e pelo acenar insistente da tragédia grega, que discutamos outras vertentes possíveis de análise. Em todo o caso, teimo em duas perguntas: por que razão a acuidade do problema é menor em países com maior capacidade redistributiva da riqueza produzida? Por que razão uma economia incivilizada passa pela crise sem que a possamos pôr em causa?
* Professor do ensino superior (s.castilho@netcabo.pt) “
Salvar Portugal passa por salvar a Grécia, o Euro e a Europa.
É por isso que Portugal no Conselho Europeu só defenderá os seus interesses se exigir e contribuir para uma solução verdadeiramente europeia para os problemas da Grécia.
Só assim Portugal evitará ver-se grego, em desespero semelhante ao dos gregos hoje.”
Bolseiros
Energia Nuclear
Durão Barroso
Empresas Municipais - o grande cancro deste país
23 junho, 2011
JUSTIÇA POR ONDE ANDAS?
Exercito fura bloqueio...
"A Inspecção-Geral de Finanças (IGF) acusa o Exército de ter aplicado uma regra que “carece de suporte legal” no reposicionamento de militares e de com isto ter aumentado em 8,4 milhões de euros a sua despesa pública anual."
Sete Sóis Sete Luas
24 de Junho a 19 de Agosto . Sextas . 22h00
Fábrica da Pólvora de Barcarena
A 19ª edição do Festival Sete Sóis Sete Luas arranca já na próxima sexta-feira, dia 24 de Junho, com uma estreia nacional: a napolitana Pietra Montecorvino sobe ao palco da Fábrica da Pólvora, às 22H00, apresentando o seu último trabalho, “Italiana”, que contém o melhor da canção italiana dos últimos quarenta anos, reinterpretada com instrumentos e sonoridades mediterrânicas e do mundo árabe. A sua música é um encontro de melodias e sons de todas as culturas do Mediterrâneo.
Pietra Montecorvino inicia a sua carreira como actriz de teatro e cinema mas rapidamente revela os seus dotes como cantora. Edita o seu primeiro álbum em 1991, com músicas escritas pelos irmãos Eugénio e Edoardo Bennato, e nesse mesmo ano vence o prémio Targa Tenco de melhor intérprete do ano.
Relembre-se que o Festival Sete Sóis Sete Luas decorre de Junho a Agosto na Fábrica da Pólvora às sextas-feiras, pelas 22H00.
Este Festival é constituído por nove concertos, com a presença de artistas de Itália, de Marrocos, da Croácia e de Espanha, bem como o projecto 7Sóis Med-Criola Orkestra, dirigido pelo português José Barros (vocalista de Os Navegantes), com a participação da cabo-verdiana Tété Alhinho (voz), do espanhol Manuel Cabrales (bateria), do marroquino Jamal Ouassani (violino) e dos italianos Mimmo Epifani (bandolim) e Mario Rivera (baixo).
O Sete Sóis Sete Luas, este ano na sua 19ª edição, é promovido por uma rede cultural de vinte e cinco cidades de dez países do Mediterrâneo e do Atlântico - Brasil, Cabo Verde, Croácia, Espanha, França, Grécia, Israel, Itália, Marrocos e Portugal - e tem como principal objectivo o diálogo intercultural através da realização de projectos de música popular e de artes plásticas, com a participação de grandes figuras da cultura mediterrânica e atlântica.
Pietra Montecorvino (Nápoles, Itália) - 24 de Junho
Orquestra Chekara Flamenca (Tetouan, Marrocos) - 1 de Julho
Franko Krajkar (Istria, Croácia) - 8 de Julho
Zoobazar (Madrid, Espanha) - 15 de Julho
7Sóis.Med.Criola.Orkestra (Mediterrâneo) - 22 de Julho
Tinturia (Sicília, Itália) - 29 de Julho
Folkabbestia (Puglia, Itália) - 5 de Agosto
Dos Orillas Ensemble (Marrocos e Andaluzia) - 12 de Agosto
Sinetiketa (Andaluzia, Espanha) - 19 de Agosto
BILHETES À VENDA
2€ (individual), 5€ (família, até 4 pessoas) e 15€ (temporada, 9 espectáculos)
Fábrica da Pólvora de Barcarena, Loja Municipal no Oeiras Parque, Centro de Arte
Manuel de Brito e pontos de venda Ticketline.
Cavaco Silva dá o tom
Sem medo, claro.
"PR defende «união e coragem» e pede portugueses trabalharem
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, defendeu hoje que o tempo actual deve ser de «união e de coragem», sublinhando que os portugueses têm de «trabalhar sem medo do futuro». "
IGF detecta
"O relatório de actividades de 2010, publicado no site da IGF, salienta que foram analisados 46 contratos de consultorias e outras prestações de serviços em 2008 e 2009, num total superior a 39,9 milhões de euros."
Por outro lado, é rara a justificação da necessidade de contratar, “tanto do ponto de vista económico como da ausência de soluções internas” ou explicações sobre os objectivos desses trabalhos, indica a IGF.
E já após a entrega dos serviços, “só excepcionalmente” foram avaliados os respectivos resultados, tal como “a justificação dos desvios de realização” dos contratos."
Roubo? Impostos para que servem?
Mas pergunta-se: se isto for ilegal, essas verbas não devem ser devolvidas?
"Duas das três entidades de supervisão do sistema financeiro – Banco de Portugal, CMVM e ISP – pagaram em 2009 prémios de seguros de saúde/doença não só aos colaboradores mas também a 569 “familiares mais próximos” e uma das entidades pagou a parte não comparticipada dos Serviços de Assistência Médico Social (SAMS) dos bancários “nas despesas de saúde dos 5551 trabalhadores e a 2017 familiares (no montante de 1,4 milhões de euros)”." (Publico)
Vila Fria - falta de passadeiras e bandas sonoras
Justiça - doente crónica
Até depois de mortos, os mais velhos, assim, são:
22 junho, 2011
Vila Fria - Comunidade Solar
Francisco Louçã
Pedro Passos Coelho
Ficamos a aguardar o resultado de tão árdua e poeirenta tarefa
21 junho, 2011
Vila Fria - falta de passadeiras e bandas sonoras
Assad
Governo - os melhores
"Os melhores dos melhores 1. Só quem nunca trabalhou na vida pode ignorar as dificuldades que a drástica redução do número de ministérios colocará à actuação do novo governo. Como se espera que alguém faça algo de útil se se coloca sob a sua responsabilidade a Economia, os Transportes e Comunicações, as Obras Públicas e o Trabalho? João Cravinho, uma pessoa de capacidades superiores, aceitou tomar simultaneamente conta de parte delas (Transportes e Obras Públicas) e o resultado não foi brilhante. O que Passos decidiu não passa de uma brincadeira de crianças.
2. Uma interminável procissão de sumidades empresariais e académicas debitou-nos durante anos do alto dos seus púlpitos mediáticos infalíveis soluções para curar a pátria infeliz. Chagada a hora, todas as desculpas valeram para se baldarem, sendo a mais vergonhosa a da necessidade de dar lugar a uma nova geração imberbe e inocente. Nuno Crato merece ser felicitado por ter tido a ousadia de, num momento crítico, submeter à prova do fogo as suas convicções. Mesmo que tudo lhe corra mal, terá a oportunidade de completar a sua educação sentimental.
3. Dirigir um ministério é uma função executiva. Consiste basicamente em traçar objetivos, tomar decisões, buscar apoios, liderar projetos, motivar pessoas e controlar resultados. Como é que uma vida de investigação e intriga académica, resguardada do escrutínio da opinião pública, pode preparar alguém para tais funções? É como pretender-se transformar um fabricante de tintas em pintor. Tal como Saramago foi uma revelação tardia, não é impossível que Gaspar e Santos Pereira tenham descoberto a meio das suas vidas uma nova vocação e que ela seja coroada de sucesso. Mas isso parece tão improvável como ganhar a sorte grande em duas semanas consecutivas.
4. Confirma-se que o CDS não tem existência real fora da televisão. Chegada a hora da verdade não conseguiu arrebanhar para o governo senão Cristas, que, revelando-nos uma nova faceta das Novas Oportunidades, vai aprender muito sobre Agricultura, e Mota Soares, um destacado chegamisso.
5. Macedo vai para a Saúde cortar custos. É sempre fascinante observar gestores bancários a cuidar de actividades mais terra a terra. Prevejo que descobrirá que cortes de custos sem uma estratégia conduzem no fim a surpreendentes aumentos de custos.
6. Deslumbrado com as câmaras de tv à chegada à Portela, o Ministro da Economia informa-nos que a Isabel ficou no Canadá a cuidar das crianças de oito, seis e quatro anos. Próximo passo: transmissão em direto das mudanças.
7. Moedas tem neste governo a missão de controlar de perto Gaspar por conta de Passos Coelho. A coisa promete.
8. Na sua primeira intervenção pública depois do anúncio da composição do novo governo, Cavaco Silva assumiu a postura de chefe do executivo. Mais um factor de instabilidade a acrescer aos restantes.
9. Num momento tão difícil, dir-se-ia que precisamos de gente com autoridade e experiência. Puro engano: o que se quer é leviandade e amadorismo."